Como é que os gestores devem lidar com uma mudança sem precedentes

Não entrem em pânico! Todos nós estamos a sentir os efeitos da descida dos preços do petróleo a nível mundial e as suas repercussões no sector do petróleo e do gás e nas indústrias conexas. Alguns estão a ver nuvens negras, proclamando a desgraça que se aproxima. Outros estão a enfiar a cabeça na areia e a fingir que nada mudou. Alguns estão a entrar em pânico, a vender investimentos e a fazer as malas.

Então, qual é a forma correcta de um gestor lidar com uma mudança sem precedentes? Antes de analisarmos o que devemos fazer, comecemos por ver 3 coisas a evitar

1 - O maior erro que a maioria dos gestores comete ao lidar com uma mudança sem precedentes é subestimar as pessoas que lideram

Por vezes, isto é feito de forma inocente e com o objetivo genuíno de proteger o nosso pessoal. O gestor assume erradamente que, se mantiver a pressão para si próprio, o pessoal apreciará a proteção e a tranquilidade que lhe dá.

Mas nada poderia estar mais longe da verdade.

 

2. O segundo maior erro que os gestores cometem quando lidam com mudanças sem precedentes é comunicar as mudanças de política por via eletrónica

No entanto, esta forma de comunicação resulta normalmente na reinterpretação da mensagem original por parte de muitos "especialistas da sala de café", que lêem na comunicação por correio eletrónico o que já supõem ser significados ocultos. Assim que os "especialistas da sala de café" se convencem do significado oculto da mensagem, propagam-no a outros, criando mal-entendidos e confusão.

 

3. O terceiro maior erro que os gestores cometem quando lidam com uma mudança sem precedentes é entrar em pânico!

Os gestores entram muitas vezes em pânico e fazem mudanças desnecessárias e inúteis numa tentativa de resolver o desafio original com que se deparam. Ansiosos por resolver o problema rapidamente, mudam coisas que são emocionalmente importantes para o pessoal para pouparem um orçamento, o que resulta numa baixa moral do pessoal e em agitação entre a força de trabalho. Com um pouco mais de calma e planeamento, os mesmos orçamentos podem ser reduzidos, mas com muito menos impacto no moral do pessoal.

 

Então, o que é que devemos fazer?

1. Em vez de subestimar o seu pessoal, envolva-o na resolução do problema

Acredite ou não, o nosso pessoal compreende o desafio tão bem como nós, e tem a vantagem adicional de conhecer o trabalho, o que pode ser melhorado, como poupar no orçamento, como aumentar a eficiência de uma forma que não destrua a moral. Por isso, envolva-os na criação das soluções, em vez de lhes impor soluções em que não participaram

 

2. Comunicar cara a cara e dar muito tempo para responder a perguntas e preocupações

O pessoal terá perguntas que, se não forem respondidas, criarão incerteza, confusão e agitação. Por isso, organize momentos regulares em que as pessoas possam expressar as suas preocupações e perguntas cara a cara. Embora a comunicação eletrónica seja eficiente em termos de tempo, não resolve as preocupações emocionais e os mal-entendidos, por isso, sente-se com o seu pessoal e explique as mudanças cara a cara e peça feedback e perguntas para que possam ser respondidas a um nível humano e não a um nível organizacional

 

3. Recompensar as pessoas por terem ideias criativas para aumentar a produtividade e a eficiência dos custos

Criar um sistema de recompensas que encoraje ativamente o pessoal a encontrar soluções para os desafios actuais, reconhecer publicamente aqueles que contribuem com ideias e soluções, defender as pessoas que estão orientadas para as soluções e recompensá-las publicamente pelas valiosas contribuições que trazem para a mesa

As pessoas, se se sentirem confiantes e valorizadas, apresentarão soluções em que nós, enquanto gestores, nunca poderíamos ter pensado. E a boa notícia é que as pessoas aceitam sempre as ideias criadas por elas próprias. O resultado é uma maior moral do pessoal, um maior envolvimento do pessoal, maior eficiência e produtividade e uma força de trabalho motivada e orientada para os resultados.

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